As diferenças entre marketing pessoal, networking e contatos

Você saberia dizer qual a diferença entre networking e marketing pessoal? Conhecer completamente cada um dos recursos para encontrar as pessoas certas que irão ajudar na sua carreira é muito importante.

Segundo Gerusa Mengarda, gerente de relacionamento da Gelre,

Marketing pessoal é tudo o que se faz para o trabalho, incluindo discussões em comunidades profissionais e Network é toda a sua rede de conhecimentos, contatos são apenas aquelas pessoas que você conheceu mas não cultivou como amigos”.

“Um bom relacionamento ou uma boa imagem é um grande capital”, afirma o professor e coordenador de Pesquisa da Cásper Líbero Laan Mendes de Barros. “Para aumentar a rede de contatos, é importante estar aberto a fatores novos, conhecer novas pessoas”, completa o professor.

A visão da imagem do profissional como um capital a ser explorado complementa outro recurso que tem sido valorizado recentemente, o capital intelectual. O conjunto de valores abstratos de uma empresa, o conhecimento e pesquisa acumulados por exemplo, são o capital intelectual.

A imagem dos profissionais e sua rede de contatos também pode ser considerada um bem para a empresa. Para convencer de que pode adicionar algo a uma empresa, o candidato precisa compreender esse conceito. “O profissional tem que ser um demonstrador de si mesmo, ver-se como um produto”, aponta a gerente da Gelre.

Networking é essencial para geração de novas oportunidades

Qual a diferença entre marketing pessoal, networking e contatos na sua vida profissional

Para colocar-se no mercado, todas as oportunidades devem ser aproveitadas. “Até mesmo atividades culturais fora do horário de trabalho podem ser importantes para criar condições para uma rede de contatos”, informa o professor.

No entanto, o profissional deve ser natural na sua busca por relacionamentos. “Não pode também ser um chato, que não desliga do trabalho o tempo todo, os relacionamentos devem ser naturais”.

Ética é o topo da lista de prioridades para a imagem de um profissional. “Os valores éticos devem ser muito claros, para que fiquem gravados na sua caminhada entre seus pares, isso é o mais importante e fortalecerá automaticamente sua rede de contatos”, confirma o professor Barros. Para ele, manter os valores éticos bastante claros é mais importante do que qualquer fórmula pronta para o networking.

“Não se deve lembrar dos contatos apenas quando se precisa de um favor”, conta a gerente da Gelre. O cuidado existe para que o profissional não seja visto como aproveitador ou superficial. “Não pode ser como político, que só abraça crianças em época de eleição”, compara o professor.

“Enviar correspondência como cartões de Natal e aniversário é um gesto interessante”, de acordo com a gerente da Gelre. No entanto, “isso deve ser deixado para os relacionamentos mais próximos, para não cair no erro de lotar sempre a caixa de correspondência de alguém que nem sabe direito quem o profissional é”, lembra o professor.

Misturar conversas íntimas com profissionais é um erro comum. “Um contato profissional não vai ser instantaneamente seu melhor amigo, portanto os assuntos conversados também serão restritos”, conta a gerente da Gelre.

“Passar de uma conversa superficial para assuntos polêmicos ou íntimos em um piscar de olhos é inadequado, mesmo que o contato ache interessante discutir assuntos íntimos com você, pode ficar receoso em recomendá-lo na esfera profissional. O relacionamento deve ser construído, conversar generalidades é um bom modo de começar a conhecer alguém. Pedir dinheiro emprestado, nunca”.

O cuidado não significa, necessariamente, evitar emitir opiniões pessoais. “Cada vez mais se discute a falta de separação entre as vidas pública e privada de um profissional, o ideal é ter um discurso consistente e coerente de valores éticos tanto em uma quanto em outra e lembrar que a postura pessoal é considerada por muitas empresas como um complemento da ética no trabalho”, lembra o professor da Cásper Líbero.

Categorizando seus relacionamentos

Qualquer que seja o relacionamento, pode ser construído em fases e categorizado na vida profissional. “É interessante separar as pessoas que realmente auxiliam na busca de emprego, as que servem apenas como fontes de informação do mercado e as que podem divulgar projetos na mídia, por exemplo. Outra dica é dividir a rede de relacionamentos de acordo com o grau de influência em uma determinada organização. Cargo e foco de atuação são outros critérios comuns”, conta a gerente da Gelre.

“Até o relacionamento com os concorrentes da empresa onde se trabalha pode ser importante para um futuro profissional mais rico de possibilidades”, conta o professor Laan. “O importante é lembrar que amigos mais próximos serão poucos, mas deve-se tratar bem a todos”.

O conceito de marketing pessoal traz, de acordo com o professor, uma falha intrínseca. “O marketing é uma ciência de posicionamento de produto, mas o ser humano não pode ser visto como uma mercadoria”, conta o professor. “Preocupar-se com a ética nas amizades é o caminho mais simples para construir uma boa imagem profissional”.

Os estudantes universitários podem começar a preocupar-se com o marketing pessoal desde cedo. “É importante se relacionar bem no meio acadêmico, tanto com os colegas quanto com os professores. Evitar a divisão de amizades por faixas etárias ou “tribos” é crucial.”, diz o professor da Cásper Líbero.

“O professor é essencial como primeiro contato profissional, deve ser visto como um mentor e com todo o aluno deve manter um bom relacionamento”, confirma a gerente da Gelre.

Como você pode ver, marketing pessoal, networking e contatos podem parecer a mesma coisa, mas na verdade existe muita diferença. Mantenha-se atualizado assinando a nossa Newsletter.

Fonte: Universia

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